Curta metragens literários.

Como minha cabeça não anda lá grande coisa e não consigo manter uma linha de idéias continuas por muito tempo, optei por um novo modelo de mídia, como um curta metragem, uma forma de passar uma idéia de forma rápida e curta sem perder o conteúdo.

Comecemos.

1. Uma tarde (des)agradável no supermercado.

Como se não bastasse ter que trabalhar o dia inteiro, ainda fui arrastado ao supermercado no meu pós-expediente, coisas da vida. Então estava eu naquele pseudo filme John Wayne que era aquela visita ao supermercado, um forasteiro numa cidadezinha qualquer de um velho oeste qualquer. Aqueles corredores com iluminação fluorecente lembravam aquelas ruas centrais de um filme faroeste. E no final o duelo com o pistoleiro mais rápido do oeste, que para dizer a verdade era o caixa mais devagar da ala oeste do supermercado.

2. Devaneios de um a toa na vida.

Estava à toa na vida quando passei do lado de um taxi, todos eles tem o mesmo cheiro, uma mistura de cheiro de homem, futebol e purificador de carro de qualidade duvidosa.

Outro dia tem mais.

t.

Novembro? Ainda?

Eu estou de saco cheio de 2007, para ser sincero, odiei 2007 e se soubesse teria me entupido de dramin em janeiro e taria começando a acordar agora! Já tive o suficiente dos altos e baixos mesquinhos que esse ano me trouxe, das pessoas imbecis que este ano me apresentou (há exeções, óbviamente), cansei do meu bloqueio criativo que se alastra a meses já, de tudo parecer tão fútil e surreal, básicamente cansei.

Como não haveria de me cansar, sabendo o que me espera ano que vem? Faculdade, cidade nova, país novo, amigos novos. Admito que assusta um pouco (tá, estou me cagando de medo das novidades), mas o que devia fazer? Continuar na casca de noz que é minha cidade? Aturar as pessoas idiotas que pensam ser inteligentes? Dores de cabeça?

Já não tenho 14 anos, eu realmente leio livros e os entendo, que diabos continuo a fazer em petrópolis?

Vou para uma cidade enorme, encontrar pessoas que saibam discutir livros (interessante, interessante), passar tardes em cafeterias, coisas que babaquinhas moderninhos que nem eu fazem. E lá vou montar minha banda, que não consegui montar aqui por falta de tempo e gente com o mesmo gosto musical, vou montar meu atelier na varanda do prédio aonde vou morar, vou trabalhar num pub irlandês e quando terminar a faculdade vou morar sozinho.

E petrópolis que implôda.

t.

Vida na estrada.

O a seguir vai fazer muito mais sentido pra quem já leu On the road, Apanhador no campo de centeio ou algum outro do Kerouac.

Estava eu, navegando na internet o outro dia (tem coisas além de pornografia, por um acaso) e me deparei com um site com 42 fotos da vida dos vagabundos americanos(http://www.ziza.es/2007/07/23/page,1,3,La_vida_de_vagabundos_americanos_42_fotos.html )
e seu estilo de vida, realmente vale a pena conferir, e em tempos de vestibular é uma boa idéia observar a 'outra opção'. De duas uma: ou você vai se matar de estudar (ainda mais), ou vai relaxar um pouco por ver que não é tão ruim.

Eu iria relaxar, por que quem sabe não fosse uma boa passar uns tempos de 'vagabundo', aproveitar a liberdade, viajar em vagões de trem abertos, trabalhar aqui e ali para ter uns trocados pro vinho, escrever poemas e tocar música.

Não ter que trabalhar com certeza seria uma benção e o fato de não estar preso a nenhum lugar em especial também. Contudo, tem o 'não tomar banho regularmente'.

Sendo ou não um vagabundo, seria bom dar uma escapada, pode ser em vagões abertos ou ônibus pagos, não faz tanta diferença, mas sair por ai e desbravar o mundo meio como o Keroac fez é um dos meus sonhos e ele há de drenar.


t.