Saturday, April 19, 2008

O cinema passou a perna em mim e provavelmente em você também.

Eu adoro cinema, mas ele me passou a perna. Aquele amontoado de clichês que parecia bem legal na 'telona' (odeio essa expressao) nao sao nem suportáveis ou plausíveis na vida real.
As mulheres saem do cinema imaginando que a qualquer momento alguém vai fazer uma mega demostraçao de amor como cantar uma música piegas na frente do colégio inteiro ou algo assim e os homens saem do cinema achando que vao ter que fazer um papel de otário semelhante ao do imbecil do filme para conceguir um pouco de 'amor' (bunda, sexo, etc...).
O cinema costuma criar expectativas que provavelmente nunca se tornarao reais. Primeiros beijos nao costumam ser romanticos e primeiras transas costumam ser mais constrangedoras e sem graça do que experiências mágicas e lindas. A 'morning-after' costuma ser uma experiência muito, mas muito (mesmo) sem graça e com muito pouco diálogo, nao como nos filmes aonde os recém comidos e recém comedores tem folhas e folhas de diálogo enquanto preparam algum omelette ou outro café da manha cinematográfico.
Outra enganaçao traicoeira é a de que aquela mulher gostossérrima que sentou do seu lado
(pra começar, mulheres gostossérrimas nunca sentam do seu lado) no onibus nao vai pedir pra você descer na casa dela e fazer sexo selvagem, ou aquela linda mulher que sentou do seu lado no aviao nao vai pedir para você ir pro banheiro com ela e uma aeromoça receber uma 'salivada nos gêmeos'.
Eu também fui vitima. Fui embora do país e nem tive um 'grand finalle' de declarar meu amor secreto à uma garota e convence-la a ir embora comigo. Ou alguma garota que corresse como uma maluca pelo aeroporto tentando me alcancar para dizer que sempre me amou e que quer que eu fique pra sempre com ela e ter filhos e um happy ending.
Outra é que aquelas declaraçoes de amor cinematográficas sao bem diferentes das reais, as reais costumam ser mais sem graça (cheias de vergonha). Como quase tudo na vida real, é mais sem graça que no cinema.

Wednesday, April 09, 2008

Já devo ter dito isso algumas vezes e mesmo correndo o risco de soar repetitivo direi de novo, é sempre bem difícil achar o que escrever por aqui.

Eu cheguei ao meu primeiro mês vivendo fora, passei do primeiro mes na verdade, e até agora as coisas tao indo bem. Eu estou na faculdade e até comecei a estudar para as provas (parciais) que sao só daqui a uma semana e pouco. Pra quem me conhece isso é no minimo estranho e pra falar a verdade, um pouco perturbador. Eu admito, nunca fui um grande aluno e metafóricamente me cagava pra escola. Nao que eu fosse burro, pelo contrário sou bem inteligente, inteligente pra caralho, para ser sincero. Mas nunca achei importante quase nada do que se aprende na escola, chamem de egocentrismo, mas sempre pensei que estivesse acima dessas coisas mundanas. Mas isso fica para outro dia.



Eu sempre reclamei do marasmo de petrópolis, lembram? Bom, nao é que eu sinto falta dele. Mas agora lembro dele com uma nostalgia de um velho que lembra dos 'bons tempos'. Eram bons tempos mesm, mas ficaram pra trás. Agora eu to no que seriam minha últimas tardes de marasmo portenho (porteño, no orginal), eu vou à faculdade bonitinho de manha e faço um esforço sobre humano pra nao dormir que na maioria das vezes funciona e eu NAO durmo nas aulas e chego em casa para uma siesta (vulgo, sonequinha), ficar vegetando um pouco em casa, talvez correr um pouco à tarde para compensar todos os cigarros e no final da tarde tocar um pouco de violao ou pintar.



Mas isso está terminando, meus amigos! Amanha mesmo eu começo meu curso de harmonia avançada (era para ser básica, mas acabaram as vagas), começo a tabalhar próximamente e apartir do segundo semestre eu vou começar uma segunda faculdade, a de produçao musical. Entao meus amigos, fiquem felizes por mim. As coisas começam a dar certo finalmente.



Por exemplo, acabei de descobrir um curso de guitarra jazz, muito barato. Vou fazer, fato. Também comecei a juntar pessoas para montar uma banda e a procurar lugares para expor meus quadros. Vento em popa.