Monday, June 22, 2009

Um trabalho pra pagar o café.

Eu ia escrever sobre como as pessoas perderam a capacidade de se surpreender com as coisas, como quando todos ignoram o menino que faz malabares no metrô e ao invés disso preferem continuar com seus narizes metidos no jornal gratuito que eles distribuem no metro, digo, fazer malabares é um bocado difícil e no entanto as pessoas mantém seu nariz enfiado no jornal sem nem prestar atencao. E isso se repete com os musicos e os caras que distribuem livros no metro.
Mas a vontade veio e se foi, sabia que tinha que escrever algo por aqui, por que isto nao é um projeto abandonado, mas essa vontade se foi num piscar de olhos. Como tantas outras essa vontade foi parar numa gaveta. Sinceramente, nao tenho vontade de fazer nada. Vivo minha vidinha entre dia de pagamento e dia de pagamento, vivendo uma semana e finalmente voltando a esperar pelo dia de pagamento novamente. E agora chegou o dia de pagamento e nao me faz nenhuma diferenca, nada que eu queira comprar e nada que eu queira fazer para o qual precise dinheiro, sabe aonde vai parar o dinheiro? A grande maioria vai parar em café nem drogas, nem prostitutas flexiveis. Bom e velho café.

Thursday, June 11, 2009

Uma hora e dois minutos.

Uma hora e trinta e dois minutos. Esse é o tempo que eu tenho até que tenha que ir novamente ao trabalho. Dia após dia saio de casa e vou trabalhar, odiando a tudo e a todos. Está frio e prefiriria infinitas vezes poder ficar em casa vendo Annie Hall mas forcas superiores nao me permitem. Tento dia após dia entrar em paz com a situacao geral, o que nao me faria nao odiar o trabalho mas facilitaria tudo um pouco. Ter um pouco de grana é legal, mas dá pra viver sem. O dinheiro nao chegou a me fazer grande diferenca, desde que comecei nao lembro de ter comprado grandes coisas um balde de tinta branca e um livro do Tolstói, nada de roupas ou jóias mas coisas para aliviar a cabeca, talvez a próxima coisa que eu devesse comprar é uma garrafa de whisky. Uma hora e oito minutos.