Sunday, March 23, 2008

Cada macaco no seu galho da árvore genealógica.

Talvez nem todos saibam (sinceramente foda-se vou falar assim mesmo), mas minha familia práticamente inteira mora na argentina, aonde eu estou morando agora. Entao por muitos anos eu nao tive esse costume de 'almoço em famila'. Mas agora como eu estou aqui eu sou convidado (por vezes obrigado) a ir a estes eventos em familia.
É muito novo isso tudo para minha pessoa, reunir-me para passar páscoa com a familia. Uma familia italiana, barulhenta, grande, regada à comida e vinho.
E como sao sete tios e cada um deve ter uma meia dúzia de filhos, é uma pirralhada gigantesca correndo e gritando que o sobrinho nº 3 puxou o cabelo da sobrinha nº 7 (nao, eu nao sei o nome nem da metade) e que algum deles está com fome ou quer ir ao banheiro. Um verdadeiro pandemônio. E no meio deste furacao de hormônios infantis (ou é isso ou é falta de ritalina) estou eu, que apartir de agora só frequento as reunioes familiares munido de um copo de vinho ou equivalente.
Nao me julguem um bebado (ou o façam, nao ligo), sou apenas precavido. Entendam que estas reunioes sociais se tornariam insuportáveis sem algumas taças de vinho na alma, eu acabaria arrancando os olhos do sobrinho nº X.
No grupo de esteriotipos familiares eu seria aquele elemento que está sempre com um copo na mao e é meio esquisito. Estou logo ali entre o tio que fuma charutos, joga golf e gosta de bons whisky`s e vinhos e a tia mais nova solteira que está procurando um marido e/ou namorado cada vez mais e mais desesperada, boas pessoas.

1 comment:

Adriana Gehlen said...

aaaaaah, haha
isso é fantástico, pq eu 'me li' aqui.
mas eu sou ao contrário, quando menor eu sempre estava 'entre família', agora, ainda bem, graças ao meu humor, franqueza e uma série de coisas, não estou mais entre eles. e eles só lembram da minha irmã gêmea, nunca perguntam de mim, isso não poderia ser mais perfeito, né?!
Mas força aí, fica entre os tios engraçados, se é que têm, e escondido atrás de um copo de vinho, elogia uma tia..., ou não vai mais.
Eu não sei o que fazer, mas confesso que achei interessante tudo isso, eu iria...

se não fosse pelas crianças.