Saturday, December 27, 2008

Uma temporada no campo.

Tudo acabou culminando no natal. Toda melancolia poética e insonia tornou o natal sumamente frustrante. Tudo aquilo típicamente natalino me cansou pouco à pouco e tudo o que eu queria era voltar pra casa sozinho e tomar calmamente um vinho, caindo lentamente no sono honesto dos ébrios. Nao deu certo mas meus planos raramente dao certo.
Acabei indo para a casa do meu tio avô nos suburbios. Normalmente nao gosto dos suburbios, grandes descampados com casas coladas umas nas outras e nenhuma árvore. Um deserto espiritual. Mas nao estes suburbios. Estem eram suburbios florestados, com milhares de sombras de árvores para escrever dez mil sonetos de amor e dez mil cançoes de coraçoes partidos, cadeiras e uma sacada para tomar um vinho e discutir nuances da vida. Minha inicial frustraçao nao durou muito, uma fraçao de segundo e derreteu. Ali estava tudo o que minha alma poéta precisava. Minha temporada no campo.
Grandes poétas antes de mim se cansavam de tempos em tempos das pressoes da vida urbana e nessa momento recorriam ao campo. A tranquilidade das pradarias seguramente ajuda à organizar as idéias e escrever à sombra de uma árvore faz maravilhas à idéias novas.
E além do campo em si a viagem até o campo me fez bem, me fez perceber que eu ainda nao estava quebrado por dentro, que o dano era só temporário, pelo menos foi o que pareceu. Agora, de volta á cidade para pintar um mural amanha, olho tudo com uma calma maravilhosa, que esperemos que dure o suficiente.

3 comments:

Adriana Gehlen said...

o campo não me ajuda em nada.
fico braba e idiota demais.
singela eu fico na cidade.

- aqui tbm não tem muita arvore, será que vais gostar?

- respondi teu comentário no meu blog.

Adriana Gehlen said...
This comment has been removed by the author.
Boo said...

eu gosto do campo.
concluirei cursos pendentes e depois me vou morar fora da civilização..
minha alma é arcadista.